quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dia internacional dos Direitos Humanos


"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade." — Artigo 1º

Um momento para reflectir...
Um senhor de idade foi morar com o seu filho, a nora e o neto de apenas quatro anos de idade. As suas mãos de velho eram trémulas, a sua visão era embaciada e os seus passos eram vacilantes. A família jantava reunida à mesa. Mas, as mãos trémulas e a falta de visão do avô atrapalhavam na hora da refeição. As ervilhas teimavam em rolar da colher e caíam no chão.
Quando o avô pegava no copo, o leite por vezes era entornado na toalha da mesa. O filho e a nora começavam a ficar irritados com a confusão que se gerava...
- Precisamos tomar uma providência em respeito ao meu pai. - disse o filho.
- Já chega de leite e de comida entornada, e de gente a comer de boca aberta.
Decidiram então colocar uma pequena mesa num canto da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o resto da família fazia as suas refeições à mesa, com satisfação. E desde que o velho partiu um ou dois pratos, a sua comida passou a ser servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô, sentado ali sozinho, notavam-se as lágrimas nos seus olhos.
Mesmo assim, as únicas palavras que lhe eram dirigidas eram chamadas de atenção ásperas, sempre que deixava cair no chão um talher ou um pedaço de comida. O menino de quatro anos assistia a isto tudo em silêncio... Uma noite, antes de jantar, o pai percebeu que o filho estava a manusear pedaços de madeira debaixo da mesa. O pai perguntou, delicadamente, à criança:
- Que fazes aí debaixo?
E o menino respondeu docemente: - Ah, estou a fazer uma tigela para o pai e a mãe comerem quando eu crescer. O menino sorriu para o pai e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto nos pais que acabaram por ficar absolutamente mudos por instantes. Lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos... comovidos.
Embora ninguém tivesse dito uma palavra, ambos sabiam o que tinha de ser feito. Naquela noite, o pai agarrou no avô pelas mãos e, gentilmente, conduziu-o à mesa da família.
Dali para a frente, e até ao final dos seus dias, comeu todas as refeições juntamente com a família.

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