terça-feira, 15 de novembro de 2011

Concurso nacional de leituta - fase escola


O Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal decidiu aderir, mais um ano, ao Concurso Nacional de Leitura, uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura em articulação com a RTP, Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas e Rede de Bibliotecas Escolares. Pretende-se, com esta iniciativa, estimular o prazer de ler e a leitura autónoma entre os jovens do 3º Ciclo e Ensino Secundário.

Na 1ª fase, realizada a nível de agrupamento, as obras selecionadas são as seguintes:
3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO
José Cardoso Pires, O Burro-em-pé.
Miguel Torga, Novos Contos da Montanha.
ENSINO SECUNDÁRIO
Anne Frank, Anne Frank.
Loucura, Mário de Sá-Carneiro.


Inscreve-te nas BEs ou junto do teu professor de Língua Portuguesa / Português.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Novidades na BE

Ondjaki
82-34OND

Há espaços que são sempre nossos. E quem os habita, habita também em nós. Falamos da nossa rua, desse lugar que nos acompanha pela vida. A rua como espaço de descoberta, alegria, tristeza e amizade. Os da Minha Rua tem nas suas páginas tudo isso.

Vania Starkoff
82-93STA

Todas as manhãs eu saía de casa para observar as nuvens.
O meu sonho era um dia dançar com elas. A mamã dizia-me que esquecesse essa ideia, que só os pássaros conseguiam tocar-lhes...

Eric Carle
82-93CAR

Numa pequena quinta vivia um agricultor.
Ele tinha tão poucos animais que até os conseguia contar pelos dedos de uma mão.
Então, o agricultor chamou aos seus animais Um, Dois, Três, Quatro e Cinco.
Atrás do celeiro havia uma pequena árvore.
O agricultor chamou-lhe Árvore...


Emily Gravett
82-93GRA

Toda a gente tem medo de alguma coisa. Viver com medo pode fazer com que até a pessoa mais corajosa se sinta pequena. Este é o livro imprescindível para te ajudar a ultrapassar as tuas fobias.


Fernando Paulo Gomes, Luís Matos
78GOM

Com este Livro + CD cada viagem será puro divertimento. A família e amigos irão cantar canções divertidas até chegarem ao seu destino. Música, anedotas, adivinhas e exercícios divertidos fazem deste livro uma companheiro de viagem. O CD inclui as músicas: O Carro do meu chefe; Lagarto Pintado; Eu perdi o dó; Fui visitar minha tia a Marrocos, entre outras.

Ana Martins
811.134.3'36MAR

Esta gramática destina-se a alunos dos 7.°, 8.° e 9.° anos e apresenta, de forma articulada, os principais conteúdos a desenvolver ao longo do 3.° Ciclo do Ensino Básico.
Para apoiar o trabalho autónomo dos alunos, esta gramática propõe:
  • perguntas-chave orientadoras do estudo, no início de cada capítulo;
  • apresentação de conteúdos adequada a alunos entre os 12 e os 15 anos;
  • inúmeros exemplos, que apoiam a compreensão das diferentes matérias;
  • exercícios de aplicação adaptados aos desempenhos de leitura e escrita deste nível.

  • sexta-feira, 4 de novembro de 2011

    Campeonato de língua portuguesa

    Já se encontra disponível na biblioteca o passatempo do campeonato de língua portuguesa, relativo ao mês de novembro.

    Participa

    sexta-feira, 28 de outubro de 2011

    Novidades na BE

    A menina dos pés azuis / Helena Rainha Coelho. Ilustração de Nuno Fonseca
    82-34 COE
    Era uma vez um príncipe tão belo quanto o são todos os príncipes dos contos de fadas. Assim começa o primeiro livro para jovens da professora e escritora Helena Rainha Coelho. Narrada em moldes clássicos, O Romance de A Menina dos Pés Azuis é uma história de encantar passada num qualquer espaço e num qualquer tempo, patenteando os valores do Amor, da Perseverança e da Beleza


    
    O burro-em-pé / José Cardoso Pires
    82-31 PIR
    Esta obra foi publicada em Dezembrode 1979, pela Moraes Editores, ilustrada com pinturas de Júlio Pomar e capa de Sebastião Rodrigues. Mais tarde, em 1999, foi publicada pelas Publicações Dom Quixote. Fazem parte do livro os contos seguintes: «Os reis-mandados»; «O conto dos chineses»; «Nós, aqui por entre o fumo»; «Dinossauro Excelentíssimo» (versão revista pelo Autor após o 25 de Abril); e «Celeste & Làlinha: por cima de toda a folha».



    Isabel Minhós Martins / Ilustração Madalena Matoso
    82-93 MAR
    Quando eu nasci nunca tinha visto nada.
    Só um escuro, muito escuro na barriga da minha mãe.
    Quando eu nasci nunca tinha visto o sol, nem imã flor, nem uma cara,
    Eu não conhecia ninguém, nem ninguém me conhecia a mim.

    É quando nascemos que começa a grande aventura! Do respirar, do provar, do sentir... Pelas páginas deste livro desfilam algumas das descobertas que nos fizeram (e fazem) espantar.

    

    Anthony Browne
    82-93 BRO

    Trata-se de uma obra altamente recomendável para iniciar os leitores numa educação baseada na igualdade, na colaboração e no conceito de família.

    sexta-feira, 14 de outubro de 2011

    Dia Mundial da Alimentação

    Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, a BE da EBIASM convida-te a participar num jogo on-line alusivo ao tema “Alimentação Saudável”. O jogo decorrerá na 2ª feira, dia 17 de outubro.



    Forma uma equipa de 2 elementos e participa.

    quinta-feira, 15 de setembro de 2011

    Novo ano lectivo

    Estamos de regresso às aulas e a um novo ano letivo. A biblioteca vai estar sempre ao teu dispor com uma série de serviços que contribuem para o teu enriquecimento.

    quinta-feira, 9 de junho de 2011

    Feira do Manual Usado

    Vai realizar-se uma feira do manual usado, em que os alunos e encarregados de educação poderão dar / vender e adquirir manuais usados a preço simbólico.
    Pretende-se, com esta iniciativa, ajudar a reduzir os gastos financeiros das famílias nesta época de crise económica, consciencializar a comunidade escolar para a reutilização dos recursos educativos, reduzindo o seu desperdício ambiental e, ainda, prolongar o tempo útil dos manuais.
    A recolha dos manuais efectuar-se-á nas Bibliotecas Escolares do Agrupamento até conclusão do ano lectivo.
    A feira realizar-se-á na Escola Sede do Agrupamento em 30 de Junho, ficando em aberto a possibilidade de se realizar igualmente no início de Setembro.
    Para qualquer esclarecimento contactar as Bibliotecas Escolares do Agrupamento e/ou o professor Ricardo Oliveira.
    PARTICIPA!

    quarta-feira, 1 de junho de 2011

    Dia da Criança

     Dia Mundial da Criança na Biblioteca da EBI Aristides de Sousa Mendes, animação e alegria com os palhaços Emilinho e Anacleto e teatro de fantoches "Sapo é sapo", dramatizado pela turma do 6º E.



    quarta-feira, 18 de maio de 2011

    Dia Internacional dos Museus

    Efeméride de grande tradição para o mundo dos museus desde o dia 18 de Maio de 1977, por proposta do ICOM – Conselho Internacional de Museus, é celebrado em 2011 sob o mote “Museus e Memória”, integrando actividades associadas a esta temática que incentivem os visitantes a (re)descobrir a sua memória individual e colectiva.

    Sendo os Museus locais de memória por excelência, contando histórias com os incontáveis objectos das suas colecções que são uma referência para a memória das comunidades, o desafio colocado pelo ICOM é que todos encarem esses objectos como expressões valiosas do nosso património natural e cultural que, em muitos casos, são de natureza frágil e se encontram sob ameaça de degradação e mesmo desaparecimento, necessitando por isso de cuidados especiais e de uma atenta e contínua preservação.

    A cultura é o produto do pensamento do Homem. Um Museu é uma instituição ao serviço da comunidade e do seu desenvolvimento, que adquire, restaura, conserva obras ou objectos do passado, que contribuam para um desenrolar cultural mais amplo e intenso da sociedade. Os Museus têm por isso mesmo, um papel importante e indispensável na armazenação de testemunhos materiais do homem para gerações futuras.
    Vamos explorar museus de Portugal e do Mundo, descobrir e ver centenas de obras de arte.

    Autor do Mês



    quinta-feira, 12 de maio de 2011

    A ver... Artur 3 - A Guerra dos 2 Mundos



    Sinopse
    Nesta nova aventura, Maltazard encurrala Artur na terra dos minimeus e viaja no sentido oposto até ao mundo dos humanos. Agora, dois metros mais alto, Maltazard junta um exército de mosquitos gigantes na floresta próxima para tomar conta do universo. Apenas Artur parece ser capaz de impedir os seus planos, mas antes ele tem de voltar ao seu quarto e regressar ao seu tamanho normal. Preso no tamanho de minimeu, ele conta com a ajuda de Selenia e Betameche, e, surpreendentemente, com a ajuda de Darko, filho de Maltazard, que afirma querer ficar do lado dos minimeus. A pé, de bicicleta, de carro ou mesmo de Harley Davidson, Artur e os seus amigos irão precisar de toda a ajuda possível no combate final contra Maltazard.

    segunda-feira, 2 de maio de 2011

    Regulamento da 2º edição do Concurso de Poesia da Rede de Bibliotecas

    RedeCsal_Reg._Concurso_Poesia_10_11

    terça-feira, 26 de abril de 2011

    Obras de arte na BE


    No âmbito da Área de Projecto do 5ºB, cujo tema desenvolvido foi "À descoberta da arte", os alunos elaboraram marcadores de mesa para a nossa BE com recriações de obras de arte de pintores famosos.
    A BE ficou ainda mais acolhedora!

    quinta-feira, 14 de abril de 2011

    Semana da Leitura - Dramatização da história "A formiga e os animais da montanha" pela turma do 5º ano




    A FORMIGA FILOMENA E OS ANIMAIS DA MONTANHA


    O Outono chegava ao fim e as formigas trabalhavam mais do que nunca, para que não lhes faltasse cómoda durante o Inverno. Num dos formigueiros que existia na base de uma montanha, um grupo de formigas atarefadíssimas, afincadamente transportava sementes, folhas e restos de raízes. As formigas, apesar de andarem durante todo o ano a trabalhar percorrendo os trilhos que conheciam, nunca se afastavam muito dos formigueiros, pois tinham receio que os animais maiores que elas fizessem mal. Por isso, não sabiam como era o resto da montanha… Contudo, num certo dia, quando mais um grupo se preparava para voltar a entrar, a Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena pareou de repente, olhou para o topo da montanha e disse para si própria: - Será que todos os animais que habitam esta montanha vivem em formigueiros? Como será a montanha pela encosta acima? – ficou a pensar, a pensar, até que resolveu deixar as suas companheiras e começar a subir por carreiros desconhecidos, em direcção ao alto. Ainda estava na zona do matagal, pouco depois dos últimos ramos por onde normalmente passava com as outras formigas, quando viu: Tsssss, tsssss… o que é que esssta pequena formiguinha essstá aqui a fazer? A Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena olhou assustada para cima e percebeu que ali estava a maior serpente que alguma vez tinha visto. Escamas duras, olhos poderosos, língua comprida, boca enorme e dentes afiados. Com tamanho susto, a nossa amiga apenas se lembrou de dizer: - Eu não quero fazer mal a ninguém, só queria passar por aqui para chegar ao topo da montanha. Ao que a serpente respondeu: - Estásss com muita sssorte por eu não gossstar de comer formigasss. Eu sssou a Ssserpente Sssabrina de língua-venenosa-e-pele-fina, e aqui nessste matagal, entre pedras e essspinhas, sssão asss sssabendo que sssó não te esssmago nessste momento porque não quero. A Formiga Filomena suspirou de alívio, pois já tinha ouvido falar que as serpentes eram muito más, mas ainda antes de seguir o seu caminho, perguntou: - Porque é que, sem eu te fazer mal, tu me farias a mim? E a serpente Sabrina Sabrina de-língua-venenosa-e-pele-fina-respondeu: - Aqui na terra dasss ssserpentes, todasss sssomosss muito desssconfiadas. Vevemosss sssempre sssozinhas e e esse vemosss alguém esstranho, antesss que nosss faça mal, nósss atacamosss primeiro. Venccce o mais forte. Aqui não confiamosss em ninguém e por issso atacamosss toda a gente. A nosa formiguinha não ficou para ouvir mais e seguiu por um outro trilho, até porque estava decidida a chegar até ao topo da montanha. Mas não podia deixar de pensar: que triste deveria ser a vida das serpentes. Se não confiam em ninguém, se atacavam todos os que viam, nunca poderiam conversar, divertir-se, nem fazer amigos. Sempre a querer fazer mal e desconfiando de todos; que horror! Chegava agora à floresta. Era um lugar mais escuro, com árvores altas e muitos esconderijos entre elas. De repente, sentiu o chão a começar a tremer, a tremer, a tremer, quase como se aquela parte da montanha fosse mudar de sítio! O que estaria a acontecer? Eis quando, ao olhar novamente para cima, vê aparecer-lhe um focinho muito comprido, com um nariz enorme e dentes longos e grossos… e depois outro, e mais outro, e outro… até que uma voz muito grave lhe falou, meio a rosnar: - Eu sou o Lobo Lionel com-dentes-de-pedra-e-língua-de-fel e esta é a minha alcateia. O que é que uma formiguinha tão pequena anda a fazer na floresta, onde são os lobos que mandam e fazem o que querem? Por acaso estarás perdida? Uh!Uh!Uh! – e todos os outros lobos se riram da mesma forma assustadora. Mas a nossa amiga corajosa não teve receio. - Eu sou a Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena e apenas quero chegar ao topo da montanha. Poderiam deixar-me passar? Os lobos ficaram algo espantados por um bichinho tão pequeno não ter medo deles. É que na terra dos lobos, todos viviam em alcateias, pois estavam sempre em lutas e esta era a única maneira de sobreviverem. Não era tão mau como as serpentes, pois dentro das alcateias os lobos eram amigos, mas se fossem de grupos diferentes, a luta era certa. - O topo da montanha está muito longe. Não acredito que chegues lá, mas se queres continuar, também não vai ser a alcateia do Lobo Lionel com-dentes-de-pedra-e-língua-de-fel que te impedirá. Como não nos fazes mal e não serves para comer, também nada te faremos. Adeus. E assim a nossa Formiga Filomena continuou a sua aventura, com a montanha a inclinar cada vez mais. Quando se afastava da zona de floresta e já entrava numa área da montanha em que só havia ervas altas e flores bonitas, escutou uma voz bem baixibho: - Olá formiguinha! Quem és tu? - Eu sou a Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena e tu? - Eu sou a Lebre Luísa, de voz-doce-e-orelha-lisa.,e sou tua amiga. E logo em seguida apareceram outras lebres aos pulos junto à lebre Luísa, prontas para brincarem juntas, e convidando também a nossa formiguinha a participar nos seus jogos. As lebres divertiam-se correndo montanha acima, pulando por entre os arbustos e as pedras, entre as ervas e as flores, todas ao mesmo tempo, sem nunca se zangarem ou aborrecerem. Eram diferentes dos lobols, pois todas eram amigas e talvez por isso não iam muito para a floresta, com receio que as alcateias destes lhes fizessem mal. Ainda assim, algumas, de vez em quando, iam até lá para conversar com os lobos seus amigos, mas sabiam que se encontrassem a alcateia errada, teriam de fugir. Era muito melhor estar com as lebres do que com qualquer dos outros animais, mas a formiga Filomena sabia que tinha que continuar. Por isso, despediu-se das suas novas amigas e continuou montanha acima, agora já bem perto do topo. As ervas e as flores começavam a desaparecer e agora somente havia erva rasteira, pedras e arbustos. O vento começava a soprar com mais força, trazendo consigo a frescura própria do alto das montanhas e a formiga estava já cansada. Tinha passado por serpentes no matagal, lobos na floresta, lebres nas zonas de erva alta e flores, mas agora com o vento e o frio, a nossa amiga experimentou grandes dificuldades. Foi quando, vinda de um só salto, surgiu uma cabra de pele clara e com barbicha longa, que segredou à formiga Filomena: - Eu sou a Cabra Carolina que-vive-entre-o-anjo-e-a-menina, e já ouvi falar de ti, Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena. Sei que queres ir ao topo da montanha e já passaste por muitas aventuras para aqui chegares. A formiguinha sorriu, conte por ter encontrado mais uma amiga. Mas esta era diferente de todos os outros. A serpente era má e só por acaso não lhe tinha fito mal. Os lobos não eram bons, mas como ela não lhes fez nada, também nada lhe fizeram. As lebres eram simpáticas e divertidas, e gostavam de ajudar até os que lhes poderiam fazer mal. Mas a cabra Carolina, parecia ser muito sábia. Foi então que a Cabra Carolina que vive-entre-o-anjo-e-a-menina lhe explicou: - Nós as cabras, vivemos no alto das montanhas e sabemos a língua do vento que tudo sabe, a quem ajudamos a fazer com que os animais possam viver melhor. Daqui vemos o que acontece na nossa montanha e sabemos como ajudar os outros. Damos grandes pulos para rapidamente irmos ter com as lebres, temos os nossos chifres para nos defendermos dos lobos e os nossos cascos duros para que as serpentes não nos façam mal. Sabemos que quiseste conhecer toda a montanha, e que não tiveste receio de enfrentar todos os bichos e sítios que estavam longe do teu formigueiro. Agarra-te então à minha barbicha, para que te possa mostrar o topo da montanha. A formiguinha, num ápice recuperou o ânimo e agarrou-se com toda a força à barbicha muito larga da cabra Carolina, que com três pulos chegou à rocha mais alta de todas. A paisagem era magnífica e, de facto, daquele sítio podiam-se ver todos os bichos: as lebres a pular, as alcateias de lobos bem juntas e a fugirem umas das outras, as serpentes meio escondidas para nunca se verem e até avistava as suas amigas formigas. E ela que durante tanto tempo pensava que a montanha era pouco mais que um formigueiro! Afinal havia muito para ver. Que bom que tinha sido ter conseguido fazer esta viagem até ao topo. - Todos aqueles que quiserem, conseguem aqui chegar – disse a cabra Carolina, como que adivinhando o que a sua pequena amiga pensava – todos aqueles que não desistem e não se detêm no matagal, na floresta, ou nas flores e na erva alta. Tu, porque nunca desististe, chegaste até aqui e por isso vais receber um prémio. - Um prémio?! – disse espantada a Forrmiga Filomena pronta-para-qualquer-cena. Mas que maior prémio poderei eu receber?! - Eu entregar-te-ei ao vento, que te levará até outra montanha, ainda mais bonita e com diferentes animais desta, para que também a possas conhecer. E dito isto, a cabra Carolina que-vive-entre-o-anjo-e-a-menina sacudiu a sua barbicha, e deixou a nossa formiguinha ir com o vento, até uma outra montanha. Nunca desistas de subir a tua montanha a vais ver que conhecerás outros matagais, outras florestas ou outras zonas de erva alta e flores, diferentes e melhores daquela em que te encontras hoje. Boa subida!

    segunda-feira, 4 de abril de 2011

    I Concurso de Leitura online - 3ª fase

    2ºciclo
    Com o decorrer dos anos, a fama do frade foi-se espalhando. Era conhecido pelas suas obras. Aos pobres levava pão; aos tristes, palavras de consolo. Tratava dos leprosos, convertia bandidos. Tirava a roupa do corpo para dar aos nus, protegia as viúvas e as criancinhas. Dormia em covis como os bichos. Um dia fez uma coisa extraordinária que mostra bem como era humilde: quando a multidão lhe quis prestar uma homenagem, recebendo-o com bandeiras, Frei Genebro rebolou-se num monte de estrume para ficar imundo. - Que cheirete! Que porcaria! Todos taparam o nariz, horrorizados. Os miúdos desataram às gargalhadas. E o frade sentiu-se feliz por fugir à vaidade. Preferia o desprezo, a troça dos homens às honrarias. - É um santo na Terra! – exclamavam os que julgavam perceber de santidade. – Nunca se viu outro assim.

    1– “Do fundo da morada, que mais parecia uma cova de bicho, veio um gemido…” Frei Egídio soltou um gemido, porque:
    a) sentia-se fraco devido à doença.
    b) sentia nostalgia da vida de outrora.
    c) sentia o peso dos pecados.

    2- Frei Genebro para consolar o amigo naquela hora difícil:
    a)contou-lhe as aventuras e desventuras da sua viagem.
    b)satisfez-lhe o desejo, preparando-lhe um petisco.
    c)sentou-se ao seu lado e juntos oraram.

    3– “ Era mentira, mas quem quer ser santo passa por tantos sacrifícios…” Para satisfazer o amigo, o frade mentiu, controlando:
    a)a gula.
    b)o nervosismo.
    c)a ansiedade.

    4– Ao descer o monte, Frei Genebro reparou que o rebanho que vira antes se agitava, num reboliço, devido:
    a)à escassez de erva.
    b)à mutilação do porquinho.
    c)à presença de um estranho.

    3ºciclo
    Retornou a estrada, marchou para Terni. E prodigiosa foi, desde esse dia, a atividade de sua virtude. Através de toda a Itália, sem descanso, pregou o Evangelho Eterno, adoçando a aspereza dos ricos, alargando a esperança dos pobres. O seu imenso amor ia ainda para além dos que sofrem, até aqueles que pecam, oferecendo um alívio a cada dor, estendendo um perdão a cada culpa: e com a mesma caridade que tratava os leprosos, convertia os bandidos. Durante as invernias e a neve, vezes inumeráveis dava, aos mendigos, a sua túnica, as suas alpercatas; os abades dos mosteiros ricos, as damas devotas de novo o vestiam, para evitar o escândalo de sua nudez através das cidades; e, sem demora, na primeira esquina, ante qualquer esfarrapado, ele se despojava sorrindo. Para remir servos que penavam sob um amo feroz, penetrava nas igrejas, afirmando, jovialmente, que mais apraz a Deus uma alma liberta que uma tocha acesa. Cercado de viúvas, de crianças famintas, invadia as padarias, açougues, até as tendas dos cambistas, e reclamava imperiosamente, em nome de Deus, a parte dos deserdados. Sofrer, sentir a humilhação eram, para ele, as únicas alegrias completas: nada o deliciava mais do que chegar de noite molhado, esfaimado, tiritando, a uma opulenta abadia feudal, e ser repelido da portaria como um mau vagabundo; só então, agachado nos lodos do caminho, mastigando um punhado de ervas cruas, ele se reconhecia verdadeiramente irmão de Jesus, que não tivera também, como têm sequer os bichos do mato, um covil para se abrigar. Quando um dia, em Perusa, as confrarias saíram ao seu encontro, com bandeiras festivas, ao repique dos sinos, ele correu para um monte de esterco, onde se rolou e se sujou, para que daqueles que o vinham engrandecer, só recebesse compaixão e escárnio. Nos claustros, nos descampados, em meio das multidões, durante as lides mais pesadas, orava constantemente, não por obrigação, mas porque na prece encontrava um deleite adorável. Deleite maior, porém, era, para o franciscano, ensinar e servir. Assim, longos anos errou entre os homens, vertendo seu coração como a água de um rio, oferecendo os seus braços como alavancas incansáveis; e tão depressa, numa ladeira deserta, aliviava uma pobre velha de sua carga de lenha, como numa cidade revoltada, onde reluzissem armas, se adiantava, com o peito aberto, e amansava as discórdias. Enfim, uma tarde, em véspera de Páscoa, estando a descansar nos degraus de Santa Maria dos Anjos, avistou de repente, no ar liso e branco, uma vasta mão luminosa que sobre ele se abria e faiscava. Pensativo, murmurou: - Eis a mão de Deus, a sua mão direita, que se estende para me colher ou para me repelir. Deu logo a um pobre, que ali rezava a Avé-Maria, com a sua sacola nos joelhos, tudo o que no mundo lhe restava, que era um volume do Evangelho, muito usado e manchado de suas lágrimas. No domingo, na igreja, ao levantar a Hóstia, desmaiou. Sentindo então que ia terminar a sua jornada terrestre, quis que o levassem para um curral e o deitassem sobre uma camada de cinzas. Em santa obediência, ao guardião do convento, consentiu que o limpassem dos seus trapos, lhe vestissem um hábito novo: mas, com os olhos alagados de ternura, implorou que o enterrassem num sepulcro emprestado, como fora o de Jesus, seu senhor. E, suspirando, só se queixava de não sofrer: O Senhor, que tanto sofreu, por que não me manda a mim o padecimento bendito? De madrugada pediu que abrissem, bem largo, o portão do curral. Contemplou o céu que clareava, escutou as andorinhas que, na frescura e silêncio, começaram a cantar sobre o beiral do telhado e, sorrindo, recordou uma manhã com Francisco de Assis à beira do lago de Perusa, o mestre incomparável se detivera ante uma árvore cheia de pássaros e, fraternamente, lhes recomendara que louvassem sempre o Senhor! "Meus irmãos, meus irmãos passarinhos, cantai bem a vosso Criador, que vos deu essa árvore para que nela habiteis, e toda esta limpa água para nela beber, e essas penas bem quentes para vos agasalharem, a vós e aos vossos filhinhos!" Depois, beijando humildemente a manga do monge que o amparava, Frei Genebro morreu.


    Assinala se as afirmações são verdadeiras ou falsas.
    1.A obra de frei Genebro espalhou-se por toda a Europa.
    2.Frei Genebro tratava de forma altruísta e de modo indistinto todos os seres humanos.
    3.A infelicidade de frei Genebro resultava do sofrimento e da humilhação.
    4.Frei Genebro era frequentemente exposto das abadias como se fosse um vagabundo.
    5.A felicidade de frei Genebro advinha de da oração, dos ensinamentos e do serviço ao próximo.
    6.Frei Genebro teve medo da aproximação da morte porque iria sofrer imenso.

    quinta-feira, 31 de março de 2011

    I Concurso de Leitura online - 2ª fase

    2ºciclo


    Recomposto, o viajante subiu, subiu até à cabana e chamou: - Irmão Egídio! Do fundo da morada, que mais parecia uma cova de bicho, veio um gemido: - Quem me chama? Não tenho forças para me levantar. Estou muito doente… Frei Genebro entrou, cheio de dó, aproximou-se do amigo, pálido, deitado numa cama de folhas. - Como te venho encontrar! Em que posso ajudar-te? O que é que tu queres? O outro, um tanto encavacado, confessou: - Não sei se é pecado… Mas francamente, o que me apetece é comer um pedaço de porco assado. Frei Genebro lembrou-se logo do rebanho e consolou-o. - Qual pecado! Sossega, que vou já buscar-te o que me pedes. Pegou numa faca afiada que por ali encontrou, arregaçou as mangas do hábito e, muito sorrateiro, foi apanhar um porquinho que estava a pastar bolota. Tapou-lhe a boca para que não pudesse gritar e, com dois golpes, cortou-lhe uma perna. O animal ficou a arquejar numa poça de sangue. O frade fugiu dali a correr. Como era bom cozinheiro, acendeu uma fogueira e preparou um belo assado. - Está a ficar lourinho! Uma delícia – ia dizendo ao companheiro, para lhe abrir o apetite. O doente deliciou-se com o petisco. Até Frei Genebro teve a tentação de lhe espetar o dente, mas resistiu. - Estou empaturrado. Ainda há pouco papei uma galinha, ovos fritos… Nem vinho me faltou. Era mentira, mas quem quer ser santo passa por tantos sacrifícios… Frei Genebro tinha ainda mais quilómetros para palmilhar. Colocou uma bilha de água fresquinha junto do amigo, tapou-o com uma manta e seguiu caminho, prometendo mandar-lhe alguém do convento para o tratar. Ao descer o monte, viu o pastor furioso: - Quem foi o malandro que atacou o meu porquinho?! Como ele sofre! Ficou só com três patas! Se o descubro, nem sei que lhe faço! O rebanho agitava-se, num rebuliço, em redor do bacorinho mutilado. Frei Genebro, agarrado ao seu bordão de caminhante, afastou-se dali rapidamente.


    Indica a resposta correcta.


    1– “Do fundo da morada, que mais parecia uma cova de bicho, veio um gemido…”

    Frei Egídio soltou um gemido, porque:

    a) sentia-se fraco devido à doença. 

    b) sentia nostalgia da vida de outrora. 

    c) sentia o peso dos pecados. 


    2–Frei Genebro para consolar o amigo naquela hora difícil:

    a)contou-lhe as aventuras e desventuras da sua viagem. 

    b)satisfez-lhe o desejo, preparando-lhe um petisco. 

    c)sentou-se ao seu lado e juntos oraram. 


    3– “ Era mentira, mas quem quer ser santo passa por tantos sacrifícios…” Para satisfazer o amigo, o frade mentiu, controlando:

    a)a gula. 

    b)o nervosismo. 

    c)a ansiedade. 


    4– Ao descer o monte, Frei Genebro reparou que o rebanho que vira antes se agitava, num reboliço, devido:

    a)à escassez de erva. 

    b)à mutilação do porquinho. 

    c)à presença de um estranho. 


    3ºciclo


    Do fundo da choça rude, que mais parecia cova de bicho, veio um lento gemido:Quem me chama? Aqui, neste canto, neste canto a morrer!... A morrer, meu irmão! Frei Genebro acudiu em grande dó; encontrou o bom ermitão estirado num monte de folhas secas, encolhido em farrapos e tão definhado que sua face, outrora farta e rosada, era como um pedaço de velho pergaminho, muito enrugado, perdido entre os flocos das barbas brancas. Com infinita caridade e doçura, o abraçou. E há quanto tempo, há quanto tempo, neste abandono, irmão Egídio? Louvado Deus, desde a véspera! Só na véspera, à tarde, depois de olhar uma derradeira vez para sol e para a sua horta, se viera estender naquele canto para acabar... Mas havia meses que com ele entrara um cansaço, que nem podia segurar a bilha cheia quando voltava da fonte. E dizei, irmão Egídio, pois que o Senhor me trouxe, que posso fazer eu pelo vosso corpo? Pelo corpo, digo; que pela alma bastante tendes vós feito na virtude desta solidão! Gemendo, arrepanhando para o peito as folhas secas em que jazia, como se fossem dobras dum lençol, o pobre ermitão murmurou: Meu bom frei Genebro, não sei se é pecado, mas toda esta noite, em verdade vos confesso, me apeteceu comer um pedaço de carne, um pedaço de porco assado... Mas será pecado? Frei Genebro, com a sua imensa misericórdia, logo o tranqüilizou. Pecado? Não, certamente. Aquele que, por tortura, recusa ao seu corpo um contentamento honesto, desagrada ao Senhor! Não ordenava ele aos seus discípulos que comessem as boas coisas da terra? O corpo é servo; e está na vontade divina que as suas forças sejam sustentadas, para que preste ao espírito, seu amo, bom e leal serviço. Quando Frei Silvestre, já tão doentinho, sentira aquela longo desejo de uvas moscatéis, o bom Francisco de Assis logo o conduziu à vinha, e por suas mãos apanhou os melhores cachos, depois de os abençoar para serem mais sumarentos e doces... É um pedaço de porco assado que apeteceis? – exclamava risonhamente o bom Frei Genebro, acariciando as mãos transparentes do ermitão – Pois sossegai, irmão querido, que bem sei como vos contentar- E imediatamente, com os olhos a reluzir de caridade e de amor, agarrou o afiado podão que pousava sobre o muro da horta. Arregaçando as mangas do hábito, e mais ligeiro que um gamo, porque era aquele um serviço do Senhor, correu pela colina até os densos castanheiros onde encontrara o rebanho de porcos. E aí, andando sorrateiramente de tronco para tronco, surpreendeu um bacorinho desgarrado que fossava a bolota, e desabou sobre ele, e enquanto lhe sufocava o focinho e os gritos, decepou, com dois golpes certeiros do podão, a perna por onde o agarrava. Depois, com as mãos salpicadas de sangue, deixando a rês a arquejar numa poça de sangue, o piedoso homem galgou a colina, correu à cabana, gritou dentro alegremente: Irmão Egídio, a peça de carne já o Senhor a deu! E eu, em Santa Maria dos Anjos, era bom cozinheiro. Na horta do ermitão arrancou uma estaca do feijoal, que, como podão sangrento, aguçou em espeto. Entre duas pedras acendeu uma fogueira. Com zeloso carinho assou a perna do porco. Era tanta a sua caridade que para dar a Egídio todos os antegostos daquele banquete, raro em terra de mortificação anunciava com vozes festivas e de boa promessa: Já vai aloirando o porquinho, irmão Egídio! A pele já tosta, meu santo! Entrou enfim na choça triunfalmente, com o assado que fumegava e rescindia, cercado de frescas folhas de alface. Ternamente ajudou a sentar o velho, que tremia e se babava de gula. Arredou das pobres faces maceradas os cabelos que o suor da fraqueza empastara. E, para que o bom Egídio não vexasse com a sua voracidade e tão carnal apetite, ia afirmando enquanto lhe partia as febras gordas, que também ele comeria regaladamente daquele excelente porco se não tivesse almoçado à farta na Locanda dos três Caminhos! Mas nem bocado agora me podia entrar, meu irmão! Com uma galinha inteira me atochei! E depois uma fritada de ovos! E de vinho branco, um quartinho! E o santo homem mentia santamente – porque, desde madrugada, não provara mais que um magro caldo de ervas, recebido por esmola à cancela de uma granja. Farto, consolado, Egídio deu um suspiro, recaiu no seu leito de folha seca. Que bem lhe fizera, que bem lhe fizera! O Senhor, na sua justiça, pagasse a seu irmão Genebro aquele pedaço de porco!... E o ermitão, com as mãos postas, Genebro ajoelhado, ambos louvaram, ardentemente, o Senhor que, a toda necessidade solitária, manda de longe o socorro.


    Assinala se as afirmações são verdadeiras ou falsas.

    1. O irmão Egídio vivia numa cabana agradável.

    2. A face magra de Egídio estava coberta de barbas enegrecidas pelo tempo.

    3. Já há muito tempo que Egídio se recolhera na sua cabana devido a um enorme cansaço.

    4. Frei Genebro perguntou a Egídio se podia arranjar-lhe alimento para a alma.

    5. Frei Genebro pensava que não era pecado alimentar o corpo com as “boas coisas da Terra”.

    6. Embora tivesse fome, frei Genebro afirmou ter comido imenso, para que Egídio se alimentasse sem se sentir contrariado.

    segunda-feira, 28 de março de 2011

    I Concurso de Leitura online - 1ª fase

    2º ciclo

    Frei Genebro


    Em tempos que já lá vão, havia um frade chamado Genebro. Era discípulo de S.Francisco, que largara riquezas para se dedicar para se dedicar aos pobres e tratava o Sol e a Lua, o lobo e o cordeiro como seus irmãos. Frei Genebro também tentava ser santo. Passava muita fome, porque não queria ser guloso. Em vez de se divertir, rezava. Quando tinha ideias marotas (quem as não tem?) enxotava-as como se enxotam as moscas. Ajudava os necessitados, animava os tristes. Para proteger os escravos, em terra de Mouros, foi por estes preso com correntes, ficando com os braços em ferida. Que mártir! Ao regressar à pátria, até o papa lhe beijou as chagas abertas, com veneração. Um dia, Frei Genebro partiu de viagem. A pé e descalço, como convinha, porque os sapatos eram um luxo. Andou, andou, andou. Avistando, no azul da manhã, os restos dum castelo, lembrou-se de Frei Egídio, antigo companheiro do convento, eu morava então numa cabana de palha junto das ruínas. O nosso frade logo largou a estrada, metendo-se pelos caminhos do monte. A certa altura encontrou um fio de água que corria entre a verdura . - Ai, que maravilha! Vou matar a sede e pôr os pés de molho! Realmente, era bem custoso andar descalço por caminhos de pedras e cardos! Mas, para ser santo, achava ele, era preciso sofrer. Perto do ribeiro viu um pastor adormecido. Que guardaria ele? Um rebanho de porcos! - Rom, rom, rom- grunhiam os maiores, procurando raízes com os grossos focinhos, enquanto os bacorinhos corriam, alegres, em torno das mães, tão luzidios e cor-de-rosa!

    1 – Frei Genebro é a personagem principal deste conto.

    “ Era discípulo de S. Francisco, que largara riquezas para se dedicar aos pobres e tratava o Sol e a Lua, o lobo e o cordeiro como seus irmãos.”

    A frase acima transcrita significa:

    a)era despojado dos bens materiais e tinha uma relação de proximidade com os astros e os animais. 

    b)era materialista e tinha uma relação de proximidade com os astros e os animais. 

    c)era altruísta como S. Francisco, mas distante no relacionamento com os astros e os animais. 


    2 – Para atingir a santidade, o frade:

    a)orava, comia e amava. 

    b)rezava, combatia a gula, os maus pensamentos e ajudava o próximo. 

    c)estava permanentemente em oração. 


    3 – “ Ao regressar à pátria, até o papa lhe beijou as chagas abertas, com veneração.”

    A palavra destacada significa:

    a)reverência. 

    b)altivez. 

    c)desprezo. 


    4 – Ao avistar as ruínas de um castelo, Frei Genebro lembrou-se de:

    a) descansar um pouco da viagem. 

    b) um velho companheiro. 

    c) parar um pouco para fazer uma fogueira e cozinhar. 


    3º ciclo


    Frei Genebro

    Nesse tempo ainda vivia, na sua solidão nas montanhas da Umbria, o divino Francisco de Assis – e já por toda a Itália se louvava a santidade de Frei Genebro, seu amigo e discípulo. Frei Genebro, na verdade, completara a perfeição em todas as virtudes evangélicas. Pela abundância e perpetuidade da Oração, ele arrancava da sua alma as raízes mais miúdas do pequeno, e tornava-a limpa e cândida como um desses celestes jardins em que o solo anda regado pelo Senhor, e onde só podem brotar açucenas. A sua penitência, durante vinte anos de claustro, fora tão dura e alta que já não temia o tentador; agora, só com o sacudir da manga do hábito, rechaçava as tentações, as mais pavorosas ou as mais deliciosas, como se fossem apenas moscas inoportunas. Benéfica e universal à maneira de um orvalho de verão, a sua caridade não se derramava somente sobre as misérias do pobre, mas sobre as melancolias do rico. Na sua humilíssima humildade ao se considerava nem igual dum verme. Os bravios barões, cujas negras torres esmagavam a Itália, acolhiam reverentemente e curvavam a cabeça a este franciscano descalço e mal remendado que lhes ensinava a mansidão. Em Roma, em S. João de Latrão, o Papa Honório beijara as feridas de cadeiras que lhe tinham ficado nos pulsos, do ano em que na Mourama, por amor dos escravos, padecera a escravidão. E como nessas idades os anjos ainda viajavam na terra, com as asas escondidas, arrimados a um bordão, muitas vezes, trilhando uma velha estrada pagã ou atravessando uma selva, ele encontrava um moço de inefável formosura, que lhe sorria e murmurava: Bons dias, irmão Genebro! Ora, um dia, indo este admirável mendicante de Spoleto para Terni, e avistando no azul e no sol da manha, sobre uma colina coberta de carvalhos, as ruínas do castelo de Otofrid, pensou no seu amigo Egídio, antigo noviço como ele no mosteiro de Santa Maria dos Anjos, que se retirara àquele ermo para se avizinhar mais de Deus, e ali habitava uma cabana de colmo, junto das muralhas derrocadas, cantando e regando as alfaces do seu horto, porque a sua virtude era amena. E como mais de três anos tinham se passado desde que visitara Egídio, largou a estrada, passou embaixo do vale, sobre as alpondras, o riacho que fugiu por entre os aloendros em flor, começou a subir lentamente a colina frondosa. Depois da poeira e ardor do caminho de Spoleto, era doce e larga sombra dos castanheiros e a relva que lhe refrescava os pés doloridos. A meia encosta, numa rocha onde se esguedelhavam silvados, nas ervas húmidas, dormia, ressonando consoladamente, um homem, que decerto por ali guardava porcos, porque vestia um grosso surrão de couro e trazia, pendurada na cinta, uma buzina de porqueiro. O bom frade bebeu de leve, afugentou os moscardos que zumbiam sobre a rude face adormecida e continuou a trepar a colina, com o seu alforje, o seu cajado, agradecendo ao Senhor aquela água, aquela sombra, aquela frescura, tantos bens inesperados. Em breve avistou, com efeito, o rebanho de porcos, espalhados sob as frondes, roncando e fossando as raízes, uns magros e agudos, de cerdas duras, outros redondos, com o focinho curto afogado em gordura, e os bacorinhos correndo em torno às tetas das mães, luzidios e cor-de-rosa. Frei Genebro pensou nos lobos e lamentou o sono do pastor descuidado. No fim da mata começava a rocha, onde os restos do castelo lombardo se erguiam, revestidos de hera, conservando ainda alguma seteira esburacada sobre o céu, ou, numa esquina de torre, uma goteira que, esticando o pescoço do dragão, espreitava por meio das silvas bravas. A cabana do ermitão, telhada de colmo que lascas de pedra seguravam, apenas se percebia, entre aqueles escuros granitos pela horta que em frente verdejava, com os seus talhões de couve e estacas de feijoal, entre alfazema cheirosa. Egídio não andaria afastado porque sobre o murozinho de pedra solta ficara pousado o seu cântaro, o seu podão e a sua enxada. E docemente, para o não importunar, se àquela hora da sesta estivesse recolhido e orando, Frei Genebro empurrou a porta de pranchas velhas, que não tinha loquete para ser mais hospitaleira. Irmão Egídio!


    Entre as frases apresentadas, selecciona a opção correcta.


    1.


    a. Frei Genebro era amigo e mestre de Francisco de Assis.


    b. Francisco de Assis partilhava com frei Genebro ensinamentos e amizade.


    c. Frei Genebro vivia nas montanhas sozinho.


    2.


    a. A oração permitia a frei Genebro afastar qualquer pecado.


    b. A alma de frei Genebro não tinha pecado porque ele o sacudia com a manga do hábito.


    c. As tentações eram afastadas por frei Genebro após longa reflexão.


    3.


    a. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele era um anjo que viajava na terra.


    b. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele não o vi há mais de três anos.


    c. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele morava numa cabana para estar mais perto de Deus.


    4.


    a. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a porta estava aberta.


    b. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a sua horta estava verdejante.


    c. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que os instrumentos de trabalho estavam à vista.


    Entrega as tuas propostas de correcção na Biblioteca, numa folha de papel devidamente identificada.

    A Semana da Leitura na Rede de Bibliotecas de Carregal do Sal


    No dia 28 de Março pelas 9h30, alunos, professores e elementos da comunidade, estiveram presentes na abertura oficial da Feira do Livro da Rede Concelhia da Rede de Bibliotecas de Carregal do Sal. Paralelamente a esta iniciativa decorrerão actividades diversas nas escolas e bibliotecas do agrupamento cujo objectivo primordial visa promover a articulação entre ciclos, o incentivo ao prazer de ler e um maior envolvimento da comunidade em prol da promoção do livro e da leitura no concelho.

    segunda-feira, 21 de março de 2011

    Dia Mundial da Poesia e Dia Mundial da árvore

    Poema das árvores

    As árvores crescem sós. E a sós florescem.

    Começam por ser nada. Pouco a pouco
    se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

    Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
    e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

    Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
    e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
    e os frutos dão sementes,
    e as sementes preparam novas árvores.

    E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
    Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
    Sós.
    De dia e de noite.
    Sempre sós.

    Os animais são outra coisa.
    Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
    fazem amor e ódio, e vão à vida
    como se nada fosse.

    As árvores, não.
    Solitárias, as árvores,
    exauram terra e sol silenciosamente.
    Não pensam, não suspiram, não se queixam.
    Estendem os braços como se implorassem;

    com o vento soltam ais como se suspirassem;
    e gemem, mas a queixa não é sua.

    Sós, sempre sós.
    Nas planícies, nos montes, nas florestas,
    a crescer e a florir sem consciência.

    Virtude vegetal viver a sós
    e entretanto dar flores.

    António Gedeão

    segunda-feira, 14 de março de 2011

    Concurso Nacional de Leitura - fase distrital


    O Concurso Nacional de Leitura tem como objectivo estimular o prazer de ler e da leitura autónoma entre os jovens do 3º Ciclo e Ensino Secundário, mediante o lançamento de provas de leitura para apurar os melhores leitores.
    Este ano, a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura irá ter lugar na Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro, em Moimenta da Beira, no dia 8 de Abril. Serão seleccionados os jovens que irão representar o distrito de Viseu na fase final.
    Este ano, as obras seleccionadas para esta fase do concurso são as seguintes:

    Ensino Secundário:
    RIBEIRO, Aquilino - Um escritor Confessa-se;

    SEPÚLVEDA, Luís – A sombra do que fomos.

    3º Ciclo:
    SWIFT, Jonathan – Viagens de Gulliver.

    CARVALHO, Mário – A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho.

    O Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal estará representado por 12 participantes, 9 alunos do 3º ciclo e 3 alunos do Ensino Secundário.
    A todos eles desejamos os melhores sucessos e... boas leituras!

    1º Concurso de Leitura online

    As bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal vão promover o 1.º Concurso de Leitura online, destinado a alunos dos 2.º e 3.º ciclos.


    O concurso terá como objecto um conto de Eça de Queirós (na versão adaptada por Luísa Ducla Soares, para o 2.º ciclo, e na versão original, para o 3.º ciclo). Sobre este conto serão publicadas nas páginas do blogue de cada biblioteca um conjunto de questões que incidirão sobre um excerto do conto, que será também publicado nos respectivos blogues.


    O concurso organiza-se em quatro fases, sendo cada uma composta por um excerto acompanhado pelas respectivas questões, que terão lugar nas seguintes datas:


    • 28 de Março;


    • 31 de Março;


    • 4 de Abril;


    • 7 de Abril.


    Os alunos interessados em participar no concurso deverão ler os excertos e tomar conhecimentos das questões nos blogues da biblioteca das suas escolas e deverão, posteriormente, entregar as propostas de correcção do questionário, em folha de papel, devidamente identificada com nome completo, número e turma, na biblioteca da sua escola, até ao dia seguinte ao da publicação de cada questionário.


    O vencedor de cada ciclo terá direito a um prémio.

    sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

    quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

    Amor

    Este inferno de amar - como eu amo!
    Quem mo pôs aqui n'alma...quem foi?
    Esta chama que atenta e consome,
    Que é a vida - e que a vida destrói
    -Como é que se veio a atear,
    Quando - ai quando se há-de ela apagar?


    Eu não sei, não lembra: o passado,
    A outra vida que dantes vivi
    Era um sonho talvez... - foi um sonho -
    Em que paz tão serena a dormi!
    Oh! que doce era aquele sonhar...
    Quem me veio, ai de mim! despertar?


    Só me lembra que um dia formoso
    Eu passei... dava o Sol tanta luz!
    E os meus olhos, que vagos giravam,
    Em seus olhos ardentes os pus
    Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
    Mas nessa hora a viver comecei...

    Almeida Garrett

    sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

    O Amor




    Amor


    A jovem deusa passa

    Com véus discretos sobre a virgindade;

    Olha e não olha, como a mocidade;

    E um jovem deus pressente aquela graça.


    Depois, a vide do desejo enlaça

    Numa só volta a dupla divindade;

    E os jovens deuses abrem-se à verdade,

    Sedentos de beber na mesma taça.


    É um vinho amargo que lhes cresta a boca;

    Um condão vago que os desperta e toca

    De humana e dolorosa consciência.


    E abraçam-se de novo, já sem asas.

    Homens apenas. Vivos como brasas,

    A queimar o que resta da inocência.


    Miguel Torga, in 'Libertação'




    Autor(a) do Mês

    terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

    Dia Mundial da Internet Segura

    Hoje assinala-se o Dia Mundial da Internet Segura. Este ano subordinado ao lema:
    "Estar online é mais do que um jogo. É a tua vida."
    Deixamos aqui este video par reflectires e, eventualmente, alterares as tuas práticas online.

    quarta-feira, 26 de janeiro de 2011