Espaço de partilha de leituras e sonhos... Dos amigos da Biblioteca Escolar da Escola Básica Aristides de Sousa Mendes para os demais leitores, sonhadores e não só.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Dia da Biblioteca Escolar - 25 de Outubro
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Autor do Mês - Mário Vargas Llosa
Mário Vargas, 74 anos, galardoado com o Prémio Nobel da Literatura 2010, é um dos mais premiados autores da América Latina pelo seu trabalho como romancista, ensaísta e dramaturgo.
"Quando vi publicado o meu primeiro livro, em 1958. Eu tinha 22 anos e esse livro de contos tinha ganho um prémio em Espanha, onde era estudante. Recordo que foi uma grande felicidade vê-lo editado, porque era a confirmação do sonho de ser escritor.”
In Jornal de Letras, 2003
"Todos os anos ele sonhava com isto. Euforia na Feira do Livro de Frankfurt Abraços, telefones que não paravam de tocar e muitos sorrisos. Foi o êxtase no stand da Santillana na Feira do Livro de Frankfurt. Ao final da manhã, quando se soube, ontem, que o Nobel da Literatura fora para Mario Vargas Llosa, os jornalistas correram para onde se encontrava a sua editora, a colombiana Pilar Reyes, directora da Alfaguara Espanha. Foi com ela que nas últimas semanas o escritor esteve a preparar a edição do seu próximo romance El Sueño del Celta."
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Bibliopaper na nossa Biblioteca
domingo, 17 de outubro de 2010
17 de Outubro - Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
terça-feira, 12 de outubro de 2010
História Colectiva Itinerante em acção
Mario Vargas Llosa
Era uma quinta grande repleta de animais e com abundantes hortas com a qual os meus avós, António e Deolinda, se governavam.Frequentemente, pela manhã, lá ia para o mercado a carroça cheia de produtos fresquinhos: ovos, leite, frangos e outras carnes. A estes juntavam-se harmoniosamente cestas de vegetais e de fruta.
(8ºF, EBIASM)
Lembro-me do meu avô , de cabelos grisalhos, de bigode farfalhudo, com a sua inseparável boina, conduzindo por caminhos acidentados a velha carroça. Enquanto isso, a minha avó Deolinda, de rosto marcada pela passagem do tempo, dedicava-se à lida da casa. Recordo-me, como se fosse hoje, da sua deliciosa marmelada que libertava um doce travo a canela pela casa.
(9ºE, EBIASM)
A vida na quinta começava bem cedo, pois quando os meus avós se levantavam ainda o sol estava a nascer. A minha avó, mal se levantava ia à capoeira buscar ovos frescos, para fazer um delicioso pequeno-almoço ao meu avô, que adorava saborear umas boas panquecas acabadinhas de fazer, bem recheadas da tão famosa marmelada da avó Deolinda. O avô António, depois do pequeno-almoço ia dar milho às galinhas, feno aos cavalos, ordenhava as vacas e, logo de seguida, ia ao quintal apanhar legumes frescos e fruta saborosa, que colocava cuidadosamente em cestos, que empilhava junto às bilhas de leite na sua carroça, puxada pela burra Geraldina, para depois vender no mercado da vila.
(7ºE, EBIASM)
Enquanto o meu avô se dirigia para o mercado da vila, a minha avó tratava da casa, ia à horta apanhar legumes frescos para o almoço e eu, que normalmente a acompanhava, aproveitava para trepar às árvores e para apanhar fruta para a nossa sobremesa. Depois, ajudava a minha avó com a cesta dos legumes e regressávamos a casa. Enquanto a minha avó fazia o almoço, eu divertia-me a brincar com o meu cão, que se chamava Farrusco, até ao regresso do avô para almoçarmos todos juntos.
(7ºF, EBIASM)
Ora, certo dia, o avô António atrasou-se e a comida arrefeceu assim como o nosso coração... A avó Deolinda, já desesperada, feita "barata tonta", temia o pior e em jeito de desabafo perguntava-me constantemente:
- Mário, onde se terá metido o teu avô?
(8ºE, EBIASM))
Então, chegada a hora do jantar, eu e a minha avó continuámos a estranhar a ausência do meu avô.
Quando já era noite cerrada, como não conseguia dormir, dirigi-me à cozinha e vi algumas gotas de sangue fresco, formando um rasto e decidi segui-lo.
Ao encontrar o meu avô ensanguentado e bastante ferido, deitado no chão da sala, perguntei-lhe:
(8ºD, Escola Básica N.º2)
- Querido avô, estamos assaz preocupados contigo, porque não vieste almoçar nem jantar, que te aconteceu?
- Mário, depois de ter vendido todos os produtos no mercado, de regresso aconteceu-me algo inesperado, fui assaltado e sovado pelo meu melhor…
- Avó, avó Deolinda, o avô está aqui na sala e desmaiou, vem depressa, avó, despacha-te avóóóó!!!
(8ºC, Escola Básica N.º2)
- Zé Mário, recordo ansiosamente o sofrimento estampado no rosto enrugado da tua bisavó já falecida enquanto assistia à dor atroz que o meu avô sentia ao perecer.
- Pai – disse Zé Mário – nunca chegaste a dizer-nos quem é que assaltou e sovou o meu bisavô António, o que sucedeu ao fiel Farrusco e à esperta e teimosa burra, que era manca e coxa.
- Mário, Zé Mário, Bernaldina e Farrusquinha, acabei de tirar o peru assado do forno e as batatas e o bacalhau já estão na mesa, venham jantar para abrirmos as prendas e à meia-noite assistirmos à Missa do Galo – chamou a minha esbelta esposa, Teresa de Miraflores.
(9ºD, EB N.º2)
Durante o jantar reinou um silêncio, que ninguém teve a coragem de quebrar. Comemos e, de seguida, abrimos os presentes. O meu filho abriu as prendas com entusiasmo, mas mal sabia ele o que iria acontecer naquela noite.
Depois da missa, confessei-lhe que nunca tive coragem nem oportunidade de desvendar o que tinha acontecido naquele triste dia.
(7.ºA, ES)
Dirigimo-nos à pequena casa de paredes brancas. Como o Zé Mário nunca lá tinha entrado, começou a remexer em tudo e a entrar em todas as divisões. Até que encontrou um sótão, do qual eu não tinha conhecimento…
(9.ºC, ES)
A partir desse dia, o meu grande objectivo foi encontrar o tal Josué. A pergunta do meu filho tinha que ter uma resposta e despertou em mim um desejo incontrolável de descobrir quem destruiu a vida dos meus avós.
- Feliz Ano Novo, Sr. Mário!! O homem que o senhor procura emigrou para a Alemanha depois de se ter despedido da nossa vila. E nunca mais voltou, nunca mais ninguém o viu… - informou, com voz sentida, o senhor Alfredo, dono do mercado que agora está no lugar da velha mercearia.
Nesse momento, o meu pensamento voou até à minha infância…
9ºB, ES
Foi então que me recordei do dia da morte do meu avô e da sua frase inacabada. Aí, juntei "as peças do puzzle" e percebi o que ele estava a querer dizer, que tinha levado uma sova do seu melhor cliente, o seu filho. Só havia uma coisa que me intrigava, qual razão do tal Josué para bater no seu verdadeiro pai? E será que ele sabia que estava a bater no seu verdadeiro pai? Tinha que desvendar este mistério, tinha de ir à Alemanha...
8.ºB, ES
O meu desejo tornava-se cada vez mais presente. Falei da carta à minha mulher, falei-lhe de Josué e do que aconteceu naquele dia, depois do meu avô ter ido ao mercado. Passado algum tempo, embarquei para a Alemanha em busca de respostas, levando na bagagem informações, dadas pelo sr. Alfredo, acerca da morada completa do presumível assassino do meu avô. Quem me recebeu foi uma mulher bela e jovem, que me disse ser neta de Josué. Expliquei-lhe os motivos da minha visita, mas infelizmente, o seu avô já tinha falecido. Fiquei destroçado, mas nem tudo estava perdido, pois Josué tinha deixado uma carta...
8.ºA, ES
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
História Colectiva Itinerante
Prémio Nobel da Literatura - Mario Vargas Llosa
Mario Vargas Llosa, escritor latino-americano de origem peruana, foi distinguido com o prémio Nobel da Literatura.
Vargas Llosa é o primeiro escritor latino-americano a receber o prémio nos últimos vinte anos. É autor de obras como "A tia Júlia e o escrevedor", "O Paraíso na outra esquina", "A guerra do fim do mundo", entre outras.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Autor do Mês - Alice Vieira
• Em 1958 inicia a colaboração no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa.
• Em 1967 licencia-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras de Lisboa.
• Em 1969 dedica-se ao jornalismo, primeiro no jornal Diário Popular, e mais tarde no Diário de Notícias coordenando o suplemento “ O Catraio” e colabora no programa de Televisão “o Jornalinho”.
• É em 1979 que anuncia a publicação do seu primeiro romance juvenil, Minha Irmã Rosa, obra que recebe o Prémio de Literatura Infantil “Ano Internacional da Criança”, editado pela Editorial Caminho.
• Actualmente, dedica-se apenas ao trabalho literário. Já publicou cerca de 40 livros para crianças e jovens. Continua a colaborar em jornais e revistas com os seus artigos e crónicas. É constantemente solicitada para encontros e palestras com os seus jovens leitores e Bibliotecas.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Dia do Professor
Ser professor é ser artista,
malabarista,
pintor, escultor, doutor,
musicólogo, psicólogo...
É ser mãe, pai, irmã e avó,
é ser palhaço, estilhaço,
É ser ciência, paciência...
É ser informação,
é ser acção.
É ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser sol.
Incompreendido?... Muito.
Defendido? Nunca.
O seu filho passou?...
Claro, é um génio.
Não passou?
O professor não ensinou.
Ser professor...
É um vício ou vocação?
É outra coisa...
É ter nas mãos o mundo de
AMANHÃ
AMANHÃ
os alunos vão-se...
e ele, o mestre, de mãos vazias,
fica com o coração partido.
Recebe novas turmas,
novos olhinhos ávidos de
Cultura
e ele, o professor,
vai despejando
com toda a ternura,
o saber, a Orientação
nas cabecinhas novas que
amanhã
luzirão no firmamento da
Pátria.
Fica a saudade...
a Amizade.
O pagamento real?
Só na eternidade.
Autor desconhecido