Espaço de partilha de leituras e sonhos... Dos amigos da Biblioteca Escolar da Escola Básica Aristides de Sousa Mendes para os demais leitores, sonhadores e não só.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Concurso nacional de leituta - fase escola
Inscreve-te nas BEs ou junto do teu professor de Língua Portuguesa / Português.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Novidades na BE
O meu sonho era um dia dançar com elas. A mamã dizia-me que esquecesse essa ideia, que só os pássaros conseguiam tocar-lhes...
Ele tinha tão poucos animais que até os conseguia contar pelos dedos de uma mão.
Então, o agricultor chamou aos seus animais Um, Dois, Três, Quatro e Cinco.
Atrás do celeiro havia uma pequena árvore.
O agricultor chamou-lhe Árvore...
Para apoiar o trabalho autónomo dos alunos, esta gramática propõe:
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Campeonato de língua portuguesa
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Novidades na BE
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Dia Mundial da Alimentação
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Novo ano lectivo
quarta-feira, 15 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Feira do Manual Usado
Vai realizar-se uma feira do manual usado, em que os alunos e encarregados de educação poderão dar / vender e adquirir manuais usados a preço simbólico.Pretende-se, com esta iniciativa, ajudar a reduzir os gastos financeiros das famílias nesta época de crise económica, consciencializar a comunidade escolar para a reutilização dos recursos educativos, reduzindo o seu desperdício ambiental e, ainda, prolongar o tempo útil dos manuais.
A recolha dos manuais efectuar-se-á nas Bibliotecas Escolares do Agrupamento até conclusão do ano lectivo.
A feira realizar-se-á na Escola Sede do Agrupamento em 30 de Junho, ficando em aberto a possibilidade de se realizar igualmente no início de Setembro.
Para qualquer esclarecimento contactar as Bibliotecas Escolares do Agrupamento e/ou o professor Ricardo Oliveira.
PARTICIPA!
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Dia da Criança
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Dia Internacional dos Museus
Efeméride de grande tradição para o mundo dos museus desde o dia 18 de Maio de 1977, por proposta do ICOM – Conselho Internacional de Museus, é celebrado em 2011 sob o mote “Museus e Memória”, integrando actividades associadas a esta temática que incentivem os visitantes a (re)descobrir a sua memória individual e colectiva. quinta-feira, 12 de maio de 2011
A ver... Artur 3 - A Guerra dos 2 Mundos

Nesta nova aventura, Maltazard encurrala Artur na terra dos minimeus e viaja no sentido oposto até ao mundo dos humanos. Agora, dois metros mais alto, Maltazard junta um exército de mosquitos gigantes na floresta próxima para tomar conta do universo. Apenas Artur parece ser capaz de impedir os seus planos, mas antes ele tem de voltar ao seu quarto e regressar ao seu tamanho normal. Preso no tamanho de minimeu, ele conta com a ajuda de Selenia e Betameche, e, surpreendentemente, com a ajuda de Darko, filho de Maltazard, que afirma querer ficar do lado dos minimeus. A pé, de bicicleta, de carro ou mesmo de Harley Davidson, Artur e os seus amigos irão precisar de toda a ajuda possível no combate final contra Maltazard.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Regulamento da 2º edição do Concurso de Poesia da Rede de Bibliotecas
terça-feira, 26 de abril de 2011
Obras de arte na BE

No âmbito da Área de Projecto do 5ºB, cujo tema desenvolvido foi "À descoberta da arte", os alunos elaboraram marcadores de mesa para a nossa BE com recriações de obras de arte de pintores famosos.
A BE ficou ainda mais acolhedora!
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Semana da Leitura - Dramatização da história "A formiga e os animais da montanha" pela turma do 5º ano
maiores que elas fizessem mal. Por isso, não sabiam como era o resto da montanha… Contudo, num certo dia, quando mais um grupo se preparava para voltar a entrar, a Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena pareou de repente, olhou para o topo da montanha e disse para si própria: - Será que todos os animais que habitam esta montanha vivem em formigueiros? Como será a montanha pela encosta acima? – ficou a pensar, a pensar, até que resolveu deixar as suas companheiras e começar a subir por carreiros desconhecidos, em direcção ao alto. Ainda estava na zona do matagal, pouco depois dos últimos ramos por onde normalmente passava com as outras formigas, quando viu: Tsssss, tsssss… o que é que esssta pequena formiguinha essstá aqui a fazer? A Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena olhou assustada para
cima e percebeu que ali estava a maior serpente que alguma vez tinha visto. Escamas duras, olhos poderosos, língua comprida, boca enorme e dentes afiados. Com tamanho susto, a nossa amiga apenas se lembrou de dizer: - Eu não quero fazer mal a ninguém, só queria passar por aqui para chegar ao topo da montanha. Ao que a serpente respondeu: - Estásss com muita sssorte por eu não gossstar de comer formigasss. Eu sssou a Ssserpente Sssabrina de língua-venenosa-e-pele-fina, e aqui nessste matagal, entre pedras e essspinhas, sssão asss sssabendo que
sssó não te esssmago nessste momento porque não quero. A Formiga Filomena suspirou de alívio, pois já tinha ouvido falar que as serpentes eram muito más, mas ainda antes de seguir o seu caminho, perguntou: - Porque é que, sem eu te fazer mal, tu me farias a mim? E a serpente Sabrina Sabrina de-língua-venenosa-e-pele-fina-respondeu: - Aqui na terra dasss ssserpentes, todasss sssomosss muito desssconfiadas. Vevemosss sssempre sssozinhas e e esse vemosss alguém esstranho, antesss que nosss faça mal, nósss atacamosss primeiro. Venccce o mais forte. Aqui não confiamosss em ninguém e por issso atacamosss toda a gente. A nosa formiguinha não ficou para ouvir mais e seguiu por um outro trilho, até porque estava decidida a chegar até ao topo da montanha. Mas não podia deixar de pensar: que triste deveria ser a vida das serpente
s. Se não confiam em ninguém, se atacavam todos os que viam, nunca poderiam conversar, divertir-se, nem fazer amigos. Sempre a querer fazer mal e desconfiando de todos; que horror! Chegava agora à floresta. Era um lugar mais escuro, com árvores altas e muitos esconderijos entre elas. De repente, sentiu o chão a começar a tremer, a tremer, a tremer, quase como se aquela parte da montanha fosse mudar de sítio! O que estaria a acontecer? Eis quando, ao olhar novamente para cima, vê aparecer-lhe um focinho muito comprido, com um nariz enorme e dentes longos e grossos… e depois outro, e mais outro, e outro… até que uma voz muito grave lhe falou, meio a rosnar: - Eu sou o Lobo Lionel com-dentes-de-pedra-e-língua-de-fel e esta é a minha alcateia. O que é que uma formiguinha tão pequena anda a fazer na floresta, onde são os lobos que mandam e fazem o que querem? Por acaso estarás perdida? Uh!Uh!Uh! – e todos os outros lobos se riram da mesma forma assustadora. Mas a nossa amiga corajosa não teve receio. - Eu sou a Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena e apenas quero chegar ao topo da montanha. Poderiam deixar-me passar? Os lobos ficaram algo espantados por um bichinho tão pequeno não ter medo deles. É que na terra dos lobos, todos viviam em alcateias, pois estavam sempre em lutas e esta era a única maneira de sobreviverem. Não era tão mau como as serpentes, pois dentro das alcateias os lobos eram amigos, mas se fossem de grupos diferentes, a luta era certa. - O topo da montanha está muito longe. Não acredito que chegues lá, mas se queres continuar, também não vai ser a alcateia do Lobo Lionel com-dentes-de-pedra-e-língua-de-fel que te impedirá. Como não nos fazes mal e não serves para comer, também nada te faremos. Adeus. E assim a nossa Formiga Filomena continuou a sua aventura, com a montanha a inclinar cada vez mais. Quando se afastava da zona de floresta e já entrava numa área da montanha em que só havia ervas altas e flores bonitas, escutou uma voz bem baixibho: - Olá formiguinha! Quem és tu? - Eu sou a Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena e tu? - Eu sou a Lebre Luísa, de voz-doce-e-orelha-lisa.,e sou tua amiga. E logo em seguida apareceram outras lebres aos pulos junto à lebre Luísa, prontas para brincarem juntas, e convidando também a nossa formiguinha a participar nos seus jogos. As lebres divertiam-se correndo montanha acima, pulando por entre os arbustos e as pedras, entre as ervas e as flores, todas ao mesmo tempo, sem nunca se zangarem ou aborrecerem. Eram diferentes dos lobols, pois todas eram amigas e talvez por isso não iam muito para a floresta, com receio que as alcateias destes lhes fizessem mal. Ainda assim, algumas, de vez em quando, iam até lá para conversar com os lobos seus amigos, mas sabiam que se encontrassem a alcateia errada, teriam de fugir. Era muito melhor estar com as lebres do que com qualquer dos outros animais, mas a formiga Filomena sabia que tinha que continuar. Por isso, despediu-se das suas novas amigas e continuou montanha acima, agora já bem perto do topo. As ervas e as flores começavam a desaparecer e agora somente havia erva rasteira, pedras e arbustos. O vento começava a soprar com mais força, trazendo consigo a frescura própria do alto das montanhas e a formiga estava já cansada. Tinha passado por serpentes no matagal, lobos na floresta, lebres nas zonas de erva alta e flores, mas agora com o vento e o frio, a nossa amiga experimentou grandes dificuldades. Foi quando, vinda de um só salto, surgiu uma cabra de pele clara e com barbicha longa, que segredou à formiga Filomena: - Eu sou a Cabra Carolina que-vive-entre-o-anjo-e-a-menina, e já ouvi falar de ti, Formiga Filomena pronta-para-qualquer-cena. Sei que queres ir ao topo da montanha e já passaste por muitas aventuras para aqui chegares. A formiguinha sorriu, conte por ter encontrado mais uma amiga. Mas esta era diferente de todos os outros. A serpente era má e só por acaso não lhe tinha fito mal. Os lobos não eram bons, mas como ela não lhes fez nada, também nada lhe fizeram. As lebres eram simpáticas e divertidas, e gostavam de ajudar até os que lhes poderiam fazer mal. Mas a cabra Carolina, parecia ser muito sábia. Foi então que a Cabra Carolina que vive-entre-o-anjo-e-a-menina lhe explicou: - Nós as cabras, vivemos no alto das montanhas e sabemos a língua do vento que tudo sabe, a quem ajudamos a fazer com que os animais possam viver melhor. Daqui vemos o que acontece na nossa montanha e sabemos como ajudar os outros. Damos grandes pulos para rapidamente irmos ter com as lebres, temos os nossos chifres para nos defendermos dos lobos e os nossos cascos duros para que as serpentes não nos façam mal. Sabemos que quiseste conhecer toda a montanha, e que não tiveste receio de enfrentar todos os bichos e sítios que estavam longe do teu formigueiro. Agarra-te então à minha barbicha, para que te possa mostrar o topo da montanha. A formiguinha, num ápice recuperou o ânimo e agarrou-se com toda a força à barbicha muito larga da cabra Carolina, que com três pulos chegou à rocha mais alta de todas. A paisagem era magnífica e, de facto, daquele sítio podiam-se ver todos os bichos: as lebres a pular, as alcateias de lobos bem juntas e a fugirem umas das outras, as serpentes meio escondidas para nunca se verem e até avistava as suas amigas formigas. E ela que durante tanto tempo pensava que a montanha era pouco mais que um formigueiro! Afinal havia muito para ver. Que bom que tinha sido ter conseguido fazer esta viagem até ao topo. - Todos aqueles que quiserem, conseguem aqui chegar – disse a cabra Carolina, como que adivinhando o que a sua pequena amiga pensava – todos aqueles que não desistem e não se detêm no matagal, na floresta, ou nas flores e na erva alta. Tu, porque nunca desististe, chegaste até aqui e por isso vais receber um prémio. - Um prémio?! – disse espantada a Forrmiga Filomena pronta-para-qualquer-cena. Mas que maior prémio poderei eu receber?! - Eu entregar-te-ei ao vento, que te levará até outra montanha, ainda mais bonita e com diferentes animais desta, para que também a possas conhecer. E dito isto, a cabra Carolina que-vive-entre-o-anjo-e-a-menina sacudiu a sua barbicha, e deixou a nossa formiguinha ir com o vento, até uma outra montanha. Nunca desistas de subir a tua montanha a vais ver que conhecerás outros matagais, outras florestas ou outras zonas de erva alta e flores, diferentes e melhores daquela em que te encontras hoje. Boa subida!sexta-feira, 8 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
I Concurso de Leitura online - 3ª fase
Com o decorrer dos anos, a fama do frade foi-se espalhando. Era conhecido pelas suas obras. Aos pobres levava pão; aos tristes, palavras de consolo. Tratava dos leprosos, convertia bandidos. Tirava a roupa do corpo para dar aos nus, protegia as viúvas e as criancinhas. Dormia em covis como os bichos. Um dia fez uma coisa extraordinária que mostra bem como era humilde: quando a multidão lhe quis prestar uma homenagem, recebendo-o com bandeiras, Frei Genebro rebolou-se num monte de estrume para ficar imundo. - Que cheirete! Que porcaria! Todos taparam o nariz, horrorizados. Os miúdos desataram às gargalhadas. E o frade sentiu-se feliz por fugir à vaidade. Preferia o desprezo, a troça dos homens às honrarias. - É um santo na Terra! – exclamavam os que julgavam perceber de santidade. – Nunca se viu outro assim.
1– “Do fundo da morada, que mais parecia uma cova de bicho, veio um gemido…” Frei Egídio soltou um gemido, porque:
a) sentia-se fraco devido à doença.
b) sentia nostalgia da vida de outrora.
c) sentia o peso dos pecados.
2- Frei Genebro para consolar o amigo naquela hora difícil:
a)contou-lhe as aventuras e desventuras da sua viagem.
b)satisfez-lhe o desejo, preparando-lhe um petisco.
c)sentou-se ao seu lado e juntos oraram.
3– “ Era mentira, mas quem quer ser santo passa por tantos sacrifícios…” Para satisfazer o amigo, o frade mentiu, controlando:
a)a gula.
b)o nervosismo.
c)a ansiedade.
4– Ao descer o monte, Frei Genebro reparou que o rebanho que vira antes se agitava, num reboliço, devido:
a)à escassez de erva.
b)à mutilação do porquinho.
c)à presença de um estranho.
3ºciclo
Assinala se as afirmações são verdadeiras ou falsas.
1.A obra de frei Genebro espalhou-se por toda a Europa.
2.Frei Genebro tratava de forma altruísta e de modo indistinto todos os seres humanos.
3.A infelicidade de frei Genebro resultava do sofrimento e da humilhação.
4.Frei Genebro era frequentemente exposto das abadias como se fosse um vagabundo.
5.A felicidade de frei Genebro advinha de da oração, dos ensinamentos e do serviço ao próximo.
6.Frei Genebro teve medo da aproximação da morte porque iria sofrer imenso.
quinta-feira, 31 de março de 2011
I Concurso de Leitura online - 2ª fase
segunda-feira, 28 de março de 2011
I Concurso de Leitura online - 1ª fase
Nesse tempo ainda vivia, na sua solidão nas montanhas da Umbria, o divino Francisco de Assis – e já por toda a Itália se louvava a santidade de Frei Genebro, seu amigo e discípulo. Frei Genebro, na verdade, completara a perfeição em todas as virtudes evangélicas. Pela abundância e perpetuidade da Oração, ele arrancava da sua alma as raízes mais miúdas do pequeno, e tornava-a limpa e cândida como um desses celestes jardins em que o solo anda regado pelo Senhor, e onde só podem brotar açucenas. A sua penitência, durante vinte anos de claustro, fora tão dura e alta que já não temia o tentador; agora, só com o sacudir da manga do hábito, rechaçava as tentações, as mais pavorosas ou as mais deliciosas, como se fossem apenas moscas inoportunas. Benéfica e universal à maneira de um orvalho de verão, a sua caridade não se derramava somente sobre as misérias do pobre, mas sobre as melancolias do rico. Na sua humilíssima humildade ao se considerava nem igual dum verme. Os bravios barões, cujas negras torres esmagavam a Itália, acolhiam reverentemente e curvavam a cabeça a este franciscano descalço e mal remendado que lhes ensinava a mansidão. Em Roma, em S. João de Latrão, o Papa Honório beijara as feridas de cadeiras que lhe tinham ficado nos pulsos, do ano em que na Mourama, por amor dos escravos, padecera a escravidão. E como nessas idades os anjos ainda viajavam na terra, com as asas escondidas, arrimados a um bordão, muitas vezes, trilhando uma velha estrada pagã ou atravessando uma selva, ele encontrava um moço de inefável formosura, que lhe sorria e murmurava: Bons dias, irmão Genebro! Ora, um dia, indo este admirável mendicante de Spoleto para Terni, e avistando no azul e no sol da manha, sobre uma colina coberta de carvalhos, as ruínas do castelo de Otofrid, pensou no seu amigo Egídio, antigo noviço como ele no mosteiro de Santa Maria dos Anjos, que se retirara àquele ermo para se avizinhar mais de Deus, e ali habitava uma cabana de colmo, junto das muralhas derrocadas, cantando e regando as alfaces do seu horto, porque a sua virtude era amena. E como mais de três anos tinham se passado desde que visitara Egídio, largou a estrada, passou embaixo do vale, sobre as alpondras, o riacho que fugiu por entre os aloendros em flor, começou a subir lentamente a colina frondosa. Depois da poeira e ardor do caminho de Spoleto, era doce e larga sombra dos castanheiros e a relva que lhe refrescava os pés doloridos. A meia encosta, numa rocha onde se esguedelhavam silvados, nas ervas húmidas, dormia, ressonando consoladamente, um homem, que decerto por ali guardava porcos, porque vestia um grosso surrão de couro e trazia, pendurada na cinta, uma buzina de porqueiro. O bom frade bebeu de leve, afugentou os moscardos que zumbiam sobre a rude face adormecida e continuou a trepar a colina, com o seu alforje, o seu cajado, agradecendo ao Senhor aquela água, aquela sombra, aquela frescura, tantos bens inesperados. Em breve avistou, com efeito, o rebanho de porcos, espalhados sob as frondes, roncando e fossando as raízes, uns magros e agudos, de cerdas duras, outros redondos, com o focinho curto afogado em gordura, e os bacorinhos correndo em torno às tetas das mães, luzidios e cor-de-rosa. Frei Genebro pensou nos lobos e lamentou o sono do pastor descuidado. No fim da mata começava a rocha, onde os restos do castelo lombardo se erguiam, revestidos de hera, conservando ainda alguma seteira esburacada sobre o céu, ou, numa esquina de torre, uma goteira que, esticando o pescoço do dragão, espreitava por meio das silvas bravas. A cabana do ermitão, telhada de colmo que lascas de pedra seguravam, apenas se percebia, entre aqueles escuros granitos pela horta que em frente verdejava, com os seus talhões de couve e estacas de feijoal, entre alfazema cheirosa. Egídio não andaria afastado porque sobre o murozinho de pedra solta ficara pousado o seu cântaro, o seu podão e a sua enxada. E docemente, para o não importunar, se àquela hora da sesta estivesse recolhido e orando, Frei Genebro empurrou a porta de pranchas velhas, que não tinha loquete para ser mais hospitaleira. Irmão Egídio!
Entre as frases apresentadas, selecciona a opção correcta.
1.
a. Frei Genebro era amigo e mestre de Francisco de Assis.
b. Francisco de Assis partilhava com frei Genebro ensinamentos e amizade.
c. Frei Genebro vivia nas montanhas sozinho.
2.
a. A oração permitia a frei Genebro afastar qualquer pecado.
b. A alma de frei Genebro não tinha pecado porque ele o sacudia com a manga do hábito.
c. As tentações eram afastadas por frei Genebro após longa reflexão.
3.
a. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele era um anjo que viajava na terra.
b. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele não o vi há mais de três anos.
c. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele morava numa cabana para estar mais perto de Deus.
4.
a. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a porta estava aberta.
b. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a sua horta estava verdejante.
c. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que os instrumentos de trabalho estavam à vista.
Entrega as tuas propostas de correcção na Biblioteca, numa folha de papel devidamente identificada.
A Semana da Leitura na Rede de Bibliotecas de Carregal do Sal
segunda-feira, 21 de março de 2011
Dia Mundial da Poesia e Dia Mundial da árvore
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.
António Gedeão
sexta-feira, 18 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Concurso Nacional de Leitura - fase distrital

O Concurso Nacional de Leitura tem como objectivo estimular o prazer de ler e da leitura autónoma entre os jovens do 3º Ciclo e Ensino Secundário, mediante o lançamento de provas de leitura para apurar os melhores leitores.
Este ano, a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura irá ter lugar na Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro, em Moimenta da Beira, no dia 8 de Abril. Serão seleccionados os jovens que irão representar o distrito de Viseu na fase final.
Este ano, as obras seleccionadas para esta fase do concurso são as seguintes:
Ensino Secundário:
RIBEIRO, Aquilino - Um escritor Confessa-se;
SEPÚLVEDA, Luís – A sombra do que fomos.
3º Ciclo:
SWIFT, Jonathan – Viagens de Gulliver.
CARVALHO, Mário – A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho.
O Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal estará representado por 12 participantes, 9 alunos do 3º ciclo e 3 alunos do Ensino Secundário.
A todos eles desejamos os melhores sucessos e... boas leituras!
1º Concurso de Leitura online
O concurso terá como objecto um conto de Eça de Queirós (na versão adaptada por Luísa Ducla Soares, para o 2.º ciclo, e na versão original, para o 3.º ciclo). Sobre este conto serão publicadas nas páginas do blogue de cada biblioteca um conjunto de questões que incidirão sobre um excerto do conto, que será também publicado nos respectivos blogues.
O concurso organiza-se em quatro fases, sendo cada uma composta por um excerto acompanhado pelas respectivas questões, que terão lugar nas seguintes datas:
• 28 de Março;
• 31 de Março;
• 4 de Abril;
• 7 de Abril.
Os alunos interessados em participar no concurso deverão ler os excertos e tomar conhecimentos das questões nos blogues da biblioteca das suas escolas e deverão, posteriormente, entregar as propostas de correcção do questionário, em folha de papel, devidamente identificada com nome completo, número e turma, na biblioteca da sua escola, até ao dia seguinte ao da publicação de cada questionário.
O vencedor de cada ciclo terá direito a um prémio.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Amor
Quem mo pôs aqui n'alma...quem foi?
Esta chama que atenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói
-Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
O Amor
Miguel Torga, in 'Libertação'

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Dia Mundial da Internet Segura
"Estar online é mais do que um jogo. É a tua vida."
Deixamos aqui este video par reflectires e, eventualmente, alterares as tuas práticas online.










